LONGOS TEMPOS
Quando eu atravessava os campos floridos
Senti-me libertar dos meus tremores
Agora que todos eles foram esquecidos
Restando-me apenas lembrança de amores
Eu era indiferente ao amor que buscava
Pois a paixão logo pode assombrar-me
Quando trouxe aquilo que não desejava
Fazendo por toda vida lembrar-me
Concentrando, meu amor, em todo o caminho.
No inverno, eu, busco a salvação.
Pois no outono sempre me encontro sozinho
Quando não consigo tocar em seu coração
O vento refrescou-me pela estrada
Mais leve que o vento eu vi girassóis
E também minha memória foi apagada
E no verão seus olhos são meus faróis
Mais doces que as maças são seus lábios
E seus cabelos com os fios enrolados
Sobre todas as coisas que dizem os sábios
E, profecias sobre os dias passados.
Então eu mergulhei nas asas do poema
Para voar e trazer-te o amor de todas as formas
Mas agora, encontro-me num grande dilema.
Ou rendo-me ao meu amor ou às normas?
Onde, atingindo seu sentimento com meu pranto.
E ritmos lentos soavam entre as árvores
Nossas almas se encontrarão em algum canto.
Ou, arderão sob alguns fulgores.
Conheço as estrelas e seus clarões
A ressaca da vida vale a pena viver.
Mesmo sofrendo as amarguras das paixões
Consegui algo que já não me faz sofrer
Eu vi a Lua subir, crepúsculo místico.
Iluminando os longos arraiais,
E as águas do Oceano Índico
O qual levou meus ancestrais
Sonhei com a noite muito escura
Beijava, o olhar era como um sinal.
E logo soube da minha loucura
Tentando espantar o meu mal
Por vidas eu passei, até encontrar-te.
Mistérios, alguns o mar esconde.
Em meus planos não posso amar-te
Pois estarei longe, no fim do horizonte.
Cheguei a visitar montanhas e colinas
E com os olhos de um tigre, admirei a solidão.
Viajei para muito longe, visitei as Filipinas.
E com ouvidos de poeta, apreciei a canção.
Vi figuras estranhas, mas estavam distantes.
Tocavam todos os seus grandes tambores.
Isso é apenas um sonho dos meus ataques delirantes
Mas foi como a vida perdesse todas as cores
As montanhas são de ouro, e as ondas cintilantes.
Agora não sinto que estou vivendo
Pois tudo ou nada há de ser marcante
Quando sinto que estou morrendo
Ah! Se as pessoas pudessem ver, o andar das vidas.
E contemplar, a beleza de todo este planeta.
Mas a saudade transforma-se em uma grande ferida
Quando o símbolo da alma é uma borboleta
Percorri lugares diferentes e misteriosos.
E o mal em meu encalço, fazendo-me pirar.
Passei por belas florestas e lugares penosos
E a morte ao meu encontro fazendo-me gritar
Quase, deixei-me afrouxar, quando vi a imagem.
Não foi apenas uma mera e rápida visão,
Mas foi completamente uma grande viajem,
Procurei foi, ascender a nossa paixão.
Mas eu, de algum baralho, sou carta marcada.
Lançado ao tabuleiro como um dado viciado
E no decorrer de uma vida, somente uma amada.
Buscando a solução, para ser perdoado.
Livre, de todas e corriqueiras perturbações.
Eu, que caminhava entre as nuvens negras.
Que mancham algumas de nossas orações
E prendem a minha liberdade com regras
Vontade louca de chegar em algum lugar
E entre as árvores correm os ventos
E quando o Sol brilhar você ira se apaixonar
E serei o único em todos os seus pensamentos
Eu que tremia ao ouvir o som dos trovões
Quando navegava pelas águas do mar
Sendo o caminho feito apenas de recordações
E agora já não existe ninguém para amar
Eu vi as montanhas e também as colinas
Quando a noite já estava toda escura
E quando a dor e a perda são minhas sinas
Chegando logo o amor que me conduz a loucura
Sim, chorar, eu chorei pelas matas adentro.
Tentando de você eu poder esquecer
Mas agora somente há um lamento
E o amor em meu coração deve permanecer
Do Brasil, o que eu quero é apenas a beleza.
E apreciar do alto da montanha o crepúsculo violeta
Aproveitando, agora já que a alegria virou tristeza.
só voltarei a ser feliz, no belo vôo da borboleta
Em minhas lembranças tudo foi recortado
Do meu passado não procuro lembrar
Pois o meu presente já esta fadado
E no futuro eu já não quero pensar